Imagem de Elon Musk segurando bandeira do Brasil foi gerada por IA
Foi criada com o uso de inteligência artificial a foto que mostra o empresário Elon Musk segurando uma bandeira do Brasil. Indícios presentes na imagem, como a grafia errada da frase “Ordem e Progresso” e distorções nas mãos do dono do X (ex-Twitter), atestam que o conteúdo foi gerado artificialmente.
Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam mais de 15 mil curtidas no Threads até a tarde desta terça-feira (16), além de centenas de compartilhamentos no Facebook.
Bom diaaaaa, nossa bandeira exposta por um americano que a defende como se fosse um brasileiro nato, hoje é o nosso orgulho, Elon Musk Gratidão
Publicações nas redes têm compartilhado como se fosse real uma imagem em que o empresário e dono do X Elon Musk segura uma bandeira brasileira. Indícios presentes na foto, no entanto, indicam que ela foi gerada por IA (inteligência artificial):
- Na bandeira brasileira, a frase “Ordem e Progresso” está com a grafia errada: onde deveria estar escrito “Ordem” aparece “Oleem”. Já o termo “Progresso” tem a grafia distorcida e não é possível identificar nem mesmo as letras (veja abaixo);
- Outro detalhe está na mão esquerda de Musk. É possível perceber que os dedos estão sobrepostos, e um deles aparenta estar deslocado da mão. A sombra também não corresponde ao formato das mãos, erro típico de imagens criadas por IA.
IA. Erro na grafia da frase 'Ordem e Progresso' e distorção na mão de Elon Musk atestam que foto foi gerada artificialmente (Reprodução)
Peças de desinformação sobre Musk passaram a viralizar nas redes brasileiras depois que o empresário protagonizou um conflito com o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Desde a semana passada, Aos Fatos já desmentiu, por exemplo, que o bilionário teria banido a conta de Moraes do X e divulgado conversas sigilosas do ministro que provavam que as eleições haviam sido fraudadas.
Também são frequentes publicações que apostam em imagens criadas por inteligência artificial para enganar. A tecnologia tem sido usada para gerar desde falsos registros de vítimas do conflito entre Israel e Hamas até “deep nudes” para venda no Telegram.
Esta peça de desinformação também foi desmentida pela Agência Lupa.
Referências:
