Luiz Fernando Menezes/Aos Fatos

🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Abril de 2019. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Como é o trabalho do Aos Fatos

Por Tai Nalon e Luiz Fernando Menezes

2 de abril de 2019, 17h51

Você já parou para pensar em como os jornalistas do Aos Fatos trabalham? Desde a descoberta de um boato ou informação duvidosa, até a publicação da checagem, os repórteres e editores passam por diversas etapas. Neste Dia Internacional da Checagem, em 2 de abril, Aos Fatos produziu uma HQ para explicar todos os passos que a equipe segue para checar as mentiras da internet. Spoiler: não é fácil.

Você pode fazer o download da imagem em alta definição aqui.

1. O primeiro passo é o recebimento da informação a ser checada. Nem todas os boatos ou declarações podem ser verificados: opiniões, por exemplo, não são passíveis de checagem.

A equipe também leva em conta alguns critérios: quantas pessoas receberam a informação enganosa, qual a relevância para aquela checagem e os perigos que a desinformação podem causar são exemplos.

Aos Fatos têm acesso às informações por diferentes canais: usuários do Facebook que denunciaram postagens enganosas (entenda como funciona), leitores que enviam sugestões de checagens pelo WhatsApp (inscreva-se aqui) ou pelo formulário do site e, de maneira menos frequente, pedidos feitos em nossas redes sociais. A equipe também monitora políticos para checar entrevistas e discursos.

2. Após decidir qual informação será checada, a equipe procura saber de quem é a autoria do boato ou frase. Quando ela é conhecida, os repórteres informam seus autores que o Aos Fatos está checando a informação e, quando necessário, questionam qual a fonte.

3. Feito isso, os checadores passam então a procurar mais informações sobre o que está sendo checado: data da primeira publicação, outras pessoas e sites que divulgaram o mesmo conteúdo, se o boato é reciclado, esse tipo de coisa.

4. Só aí, então, começa a checagem propriamente dita: os repórteres procuram em bancos de dados oficiais e fontes de informação confiáveis — como estudos, levantamentos de universidades, notícias publicadas em grandes veículos de mídia etc.

5. Quando as checagens abordam assuntos complexos ou quando os repórteres não encontram dados disponíveis, é comum contatar um especialista no tema.

6. A equipe também utiliza ferramentas para auxiliar a checagem. Há a pesquisa reversa de imagens, tecnologias para descobrir a publicação original de um vídeo, raspagem de dados de sites oficiais etc.

7. Só após tudo isso que os checadores, então, escrevem a matéria. Depois de pronta, ela passa por uma revisão e uma edição para, aí, receber um selo (confira nosso método).

Como você pode ver, o trabalho do Aos Fatos é rigoroso e sério. Para cada desmentido, há horas e horas de apuração. Mas de nada adianta esse trabalho se as pessoas continuarem compartilhando conteúdo sem checar: na dúvida, não compartilhe.


No ano passado, o Aos Fatos, em parceria com a IFCN (International Fact-Checking Network) produziu um guia, também em quadrinhos, com sete dicas para checar informações na internet. Confira aqui.

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