PDT/Divulgação

🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Março de 2018. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Checamos o discurso de lançamento da pré-candidatura à Presidência de Ciro Gomes

Por Ana Rita Cunha

13 de março de 2018, 13h16

O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) lançou sua pré-candidatura à Presidência na última quinta-feira (8), concentrando seu discurso na necessidade de mudanças e priorizando o combate à desigualdade e à pobreza. Aos Fatos checou algumas das principais declarações do pré-candidato pelo PDT.

Veja as falas do presidenciável checadas por Aos Fatos.


FALSO

O Brasil, em janeiro deste ano, pela primeira vez na sua história, empurrou para a informalidade, para o biscate, para a humilhação de correr do rapa nas ruas das cidade aí a fora, a maioria do povo trabalhador.

A informalidade cresceu nos últimos dois anos, mas ainda não representa a maior parte dos trabalhadores no Brasil, segundo os dados da Pnad contínua, do IBGE.

No trimestre móvel de novembro de 2017 e janeiro de 2018, os trabalhadores informais (empregados sem carteira assinada e trabalhadores por conta própria) eram 34,2 milhões, representando 37,3% do total de pessoas ocupadas (que inclui também empregados com carteira assinada, servidores públicos, empregadores e trabalhadores domésticos) no período, ou seja, pouco mais de um terço dos trabalhadores, e não a maioria.

Atualização: esta checagem foi corrigida e separada em duas. Veja abaixo o restante do conteúdo.


VERDADEIRO

Pela primeira vez, a quantidade de gente na informalidade, no biscate, se virando para levar algum honestamente pra casa, é maior do que a quantidade de trabalhadores formais.

Os trabalhadores formais (empregados com carteira assinada, excluindo empregados domésticos) somaram 33,3 milhões, entre novembro de 2017 e janeiro deste ano, ficando abaixo do número de trabalhadores informais do período.

De acordo com a série histórica da Pnad contínua que vem desde 2012, o número de trabalhadores com empregos informais passaram os com formais pela primeira vez no trimestre móvel de maio a julho de 2017.

Atualização: esta checagem foi corrigida e separada em duas. Veja acima o restante do conteúdo.


INSUSTENTÁVEL

O Brasil, no ano passado, 2017, assistiu (...) matarem 64.700 jovens.

Não foram encontrados dados nacionais sobre o total de homicídios que ocorreram em 2017. De toda forma, o número informado por Ciro provavelmente está superestimado. Ocorreram ao todo 61.283 mortes violentas intencionais no Brasil em 2016, de acordo com o mais recente relatório do Fórum de Segurança, que utiliza dados das Secretarias Estaduais de Segurança Pública, da Defesa Social, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

De acordo com dados preliminares do Datasus, base de dados do sistema de saúde pública do Ministério da Saúde, em 2016, 31.053 jovens entre 15 e 29 anos foram assassinados (mortes classificadas nos grupos de categorias X85-Y09 Agressões e Y35-Y36 Intervenções legais e operações de guerra).


VERDADEIRO

Neste dia, 12,7 milhões de brasileiros sadios para o trabalho amanheceram desempregados no Brasil.

De acordo com o dado mais recente da Pnad contínua do IBGE, o número oficial de desempregados no Brasil era de 12,689 milhões de brasileiros, em janeiro de 2018.


EXAGERADO

O ano passado, o Brasil teve o menor quantidade [sic] de dinheiro gasto na agenda do povo. E ainda assim terminamos o ano com mais de 140 bilhões de reais de buraco nas contas do governo.

As contas do governo registraram déficit primário de R$ 124,4 bilhões em 2017, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, número abaixo do valor mencionado por Ciro Gomes. Como o ex-governador não detalhou o que considera “agenda do povo”, não é possível checar essa parte da citação.


Outro lado. Contatada, a assessoria de imprensa do pré-candidato não se manifestou até a última atualização desta reportagem.


Este texto foi atualizado em 13.mar.2018, às 16h05 para separar a primeira declaração checada em duas. Inicialmente, consideramos apenas a primeira afirmação para checagem. Em revisão, decidimos separar o tema em dois selos diferentes: FALSO e VERDADEIRO.


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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