Aos Fatos

🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Janeiro de 2018. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Quais áreas ganharam ou perderam recursos no Orçamento de 2018

Por Sérgio Spagnuolo

4 de janeiro de 2018, 18h00

O Orçamento da União, que totaliza R$ 3,5 trilhões, foi publicado nesta quarta-feira (3). Das cerca de 40 instituições federais ali discriminadas, incluindo transferências a unidades da federação e municípios, quase metade (18) teve cortes em relação ao ano passado, de acordo com cálculos ajustados feitos por Aos Fatos.

A Vice-Presidência da República foi a rubrica que teve o maior redução orçamentária — 60% sobre o valor ajustado de 2017, talvez pelo fato de o Brasil não ter mais um vice-presidente. Mesmo assim, a previsão é de R$ 4,9 milhões em gastos no ano.

Em segundo lugar, o Ministério das Cidades teve 33% a menos para seu orçamento de 2018, enquanto o Ministério dos Transportes teve um corte de 22%. O primeiro é responsável por grande parte das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento); o segundo também aglutina importantes projetos de infraestrutura, além de administrar concessões de aeroportos — neste ano foram quatro.

Na outra ponta, o Ministério de Minas e Energia teve um impulso de 70% em seu orçamento. Leilões de energia arrecadaram bilhões para o governo no ano passado, e novos certames estão previstos para acontecer neste ano. Além disso, a base de comparação de 2017 estava baixa, após cortes do governo terem afetado o ministério e alguns de seus programas.

Todas as contas para 2017 foram reajustadas pela inflação medida pelo IPCA acumulada no ano até novembro (+2,5% ao ano), dado mais recente disponível no site do Banco Central.

gráfico de orçamento

Os maiores orçamentos do governo considerados por Aos Fatos tiveram leves altas no ano: o do Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pela previdência social (3%); o de transferências a Estados e municípios (1,5%) e o da Saúde (1,82%).

Já o Ministério da Educação, quarto maior orçamento da Esplanada, teve queda de 1% — um total de R$ 109 bilhões. É a segunda redução seguida, já que Aos Fatos havia mostrado em 2017 que, sem incluir gastos com seguridade social, também não houve aumento real para a pasta.

A conta feita por Aos Fatos desconsidera orçamento para dívida pública, encargos financeiros da União, operações de crédito e reservas de contigência. Dentre as pastas, foram desconsiderados o Ministério dos Direitos Humanos e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, por falta de comparabilidade ano a ano. Quando da elaboração do Orçamento de 2017, eles eram diretamente vinculados a outras pastas, sem autonomia orçamentária.

Acesse os dados tabelados e as referências neste link.

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