🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Agosto de 2019. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Foto não mostra integrantes do MST e de ONGs, mas madeireiros presos por índios em 2014

Por Luiz Fernando Menezes

27 de agosto de 2019, 16h46

Uma imagem que mostra um grupo de índios prendendo três pessoas tem circulado nas redes sociais com uma legenda que afirma que os detidos eram integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e de ONGs que estariam colocando fogo na floresta (veja aqui). No entanto, a foto é de 2014 e retrata a detenção de supostos madeireiros ilegais que teriam invadido uma terra indígena no Maranhão.

Publicações que trazem a foto fora de contexto foram denunciadas por usuários do Facebook, onde as postagens já acumulavam mais de 100 mil compartilhamentos até a tarde desta terça-feira (27). Todas elas foram marcadas por Aos Fatos com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (veja como funciona).


FALSO

MST E ONG'S COLOCANDO FOGO NA AMAZÔNIA! AS ONG'S ERAM FINANCIADAS POR EMPRESAS ESTRANGEIRAS PARA FUNCIONAR NO BRASIL. Vejam o que aconteceu: Índios pegaram petralhas ateando fogo na amazônia, juntos com as membros de ONGs também. Bando de criminosos!

Publicações nas redes sociais usam uma foto de três homens sendo presos por índios como se ela retratasse pessoas ligadas ao MST e a ONGs que teriam sido flagradas colocando fogo na Amazônia. A imagem, porém, mas não é recente e não tem qualquer relação com as atuais queimadas na floresta. Registrada em 2014, a foto mostra o momento em que índios da etnia Ka’apor detiveram supostos madeireiros que teriam invadido a reserva Alto Turiaçu, em Centro de Guilherme (MA).

Na ocasião, os indígenas tinham realizado uma blitz, sem a participação de forças do Estado, para prender os supostos invasores. A imagem foi tirada por Lunaé Pacharro, da Reuters, e mostra três madeireiros com as mãos atadas antes de serem expulsos da terra indígena.

A Agência Lupa realizou uma checagem semelhante sobre a foto.

Referências:

1. O Globo
2. Reuters


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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