🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Fevereiro de 2016. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Benefícios da Previdência correspondem a 44% dos gastos do governo

2 de fevereiro de 2016, 17h44

A presidente Dilma Rousseff pediu apoio nesta terça-feira (2), em sua Mensagem Ao Congresso, para a aprovação de uma reforma da Previdência que institua uma idade mínima para a aposentadoria. Em sua fala, ela argumentou que, em 2050, a população ativa brasileira deverá se manter no mesmo patamar de hoje, mas a de pessoas acima dos 65 anos irá triplicar.

Aos Fatos já havia abordado a questão em outubro passado, ao verificar queo país caminha para ter o maior rombo com Previdência dentre as 10 maiores economias mundiais. Nesta terça, checamos a declaração de Dilma ao Legislativo. Veja abaixo.


VERDADEIRO
No ano passado, a Previdência Social e os benefícios assistenciais corresponderam a 44% do nosso gasto primário. Mantidas as regras atuais de aposentadoria, esse percentual tende a aumentar exponencialmente, diante do envelhecimento esperado da população brasileira. Um dado ajuda a explicitar nosso desafio: em 2050 teremos uma população em idade ativa similar à atual, mas a população acima de 65 anos será três vezes maior.

Os gastos primários do Governo Central (que compreende o Tesouro Nacional, a Previdência e o Banco Central) com Previdência ficaram em torno de 40% em 2015, segundo dados da Secretaria do Tesouro. A série histórica consultada por Aos Fatos vai apenas até novembro de 2015, quando os gastos com a Previdência foram de R$ 40,75 bilhões, ou 42% do gasto do Governo Central no período.

Veja abaixo a evolução dos gastos primários do governo.

Nesse contexto, o problema do Brasil, e que o torna um ponto fora da curva, é que, diferentemente de países que já fizeram transições demográficas após o boom de natalidade da primeira década do século 20, o país ainda vive um "bônus demográfico". Isso significa que ainda há mais pessoas economicamente ativas do que aposentados — mas essa tendência deverá mudar daqui a poucos anos, sobretudo por conta da diminuição da natalidade nos anos 1980.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há 26,1 milhões de idosos no Brasil — 13% da população. Conforme o instituto, há hoje 16.836.210 pessoas com mais de 65 anos. Em 2050, a estimativa é de 51.264.724 — três vezes o número dos maiores de 65 anos em 2016.

Já um relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde) aponta que esse número subirá para 30% em 2050.


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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